As histórias de assombração são comuns em todos os lugares, mas aqui em Mariana elas são mais que comuns, fazem parte do dia a dia das pessoas. A lenda do Capitão Jack é uma dessas histórias famosas e curiosas e que foi parar até na TV.
Imagine você trabalhando num lugar ermo, sozinho, durante a noite. Acrescente uma noite escura, sem lua e sem estrelas. Como cenário, temos você entrando interior de uma mina de ouro do século XVIII não mais explorada.
Você desce para a mina num trem pouco mais de 120 metros de profundidade. Logo ao entrar você vê um altar para Santa Bárbara, protetora dos mineiros o que já faz a gente sentir a espiritualidade na flor da pele.
Você anda mais alguns metros por caminhos tortuosos, alguns estão parcialmente bloqueados por uma pilha de pedras. Você já está confortável trabalhando nesse lugar há muitos anos, mas mesmo assim seu pensamento vacila.
Sua rotina de trabalho segue normal até que um vulto branco surge em suas costas e sua espinha gela instantaneamente!
Um homem trajando uma roupa toda branca montado em um cavalo branco aparece tão rápido quanto desaparece.
Assim surgiu mais um relato do aparecimento do Capitão Jack na Mina de Passagem em Mariana.
Essa história de assombração ronda a Mina da Passagem em Mariana e tem duas origens diferentes.
A primeira versão do Capitão Jack é uma história de amor
É um daqueles clichês românticos de uma vida apenas não ser suficiente para amar.
Essa versão conta que Thomas Treloar, um trabalhador inglês que atuava como capitão da mina e era apaixonado por Alarina, sua esposa.
O cargo de capitão, trazendo para os dias de hoje, seria algo com gerente geral. O Sr. Treloar tinha um cargo muito importante.
Acontece que em 1867 Alarina faleceu e a vida do senhor Treloar nunca foi a mesma. Dizem que ele já não trabalhava direito e que passou a não se dar bem com as pessoas. Provavelmente por um ritual chamado “batismo dos mortos”.
O batismo dos mortos, muito comum na doutrina mórmon, é quando uma pessoa viva é batizada, como que por procuração, em nome de uma pessoa já falecida.
Se veja no lugar do Thomas Threloar por um instante. Considere também que no século XIX o medo do inferno era muito maior do que é hoje. E sua comunidade é muito devota.
Como você se sentiria recebendo o batismo em nome da sua esposa morta?