Que Minas Gerais é um estado propício para histórias de fantasmas, todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que os fantasmas de Minas não se restringem às inúmeras cidades históricas.
Isso porque a capital mineira também é pródiga em histórias de assombrações. Mesmo sem ter sua fundação ligada à corrida do ouro, Belo Horizonte possui um importante acervo histórico da época de sua fundação.
O cemitério do Bonfim é um deles. E é o cenário da nossa história de assombração de hoje.
O cemitério mais antigo de Belo Horizonte
É bem verdade que o cemitério do Bonfim foi construído para ser o primeiro cemitério da capital mineira, que foi instituída em 1897, chamada na época Cidade de Minas.
Mas não foi isso que aconteceu.
Durante a construção da cidade, operários morreram e surgiu a necessidade de uma área para sepultar os mortos até que “primeiro” cemitério ficasse pronto.
Esse espaço ocupou um quarteirão onde hoje estão localizadas a avenida Amazonas e as ruas São Paulo, Tupis e Rio de Janeiro. Cerca de 200 corpos foram enterrados ali.
Mas a importância do Bonfim permaneceu intacta.
O lugar é considerado o mais antigo cemitério de Belo Horizonte. E possui um acervo histórico valiosíssimo.
Era para lá que voltava toda madrugada a nossa personagem do além…
A Loira do Bonfim
Segundo a lenda – uma das mais conhecidas de Belo Horizonte – uma mulher loira passeava pela zona boêmia da Beagá dos anos 1940 e 1950.
Linda e insinuante, ela conseguia convencer os desavisados a acompanhá-la até sua residência. O horário era bem específico: 2 horas da manhã.
Na época, a loira utilizava como transporte uma importante linha de bonde que passava em frente ao Bonfim. E era lá que ela descia, atravessando o muro do cemitério e deixando todo mundo de cabelo em pé.
Havia na época, inclusive, condutores de bonde que se negavam a fazer a linha, durante a madrugada com medo de ver a loira do cemitério.
Entre as várias versões da história, contava-se que a bela moça havia sido abandonada pelo noivo no dia do casamento.
Desde então vagava procurando pelo amor perdido.
O tempo passou, mas a história da loira não se dissipou.
Houve quem relatasse tê-la acompanhado de taxi e ficado aterrorizado quando descobriu onde ela morava.
O fato é que a lenda seguiu o desenvolvimento da cidade.
Não seria estranho se hoje a loira do Bonfim se locomovesse pelas madrugada de Belo Horizonte, utilizando um UBER. Vai saber…