Maria Inês de Freitas é mestra, pela Universidade Federal do Espírito Santo, e funcionária administrativa, que responde diretamente a Reitoria, dessa instituição. A pesquisadora realiza palestra em campus da Unesp, em Guaratinguetá. O evento aconteceu no dia 10.
O tema da palestra do membro do Instituto Baobá foi o resumo acadêmico do tema de sua dissertação: “Acolhimento e Permanência do Estudante Negro na Universidade”.
A dissertação, que é o documento final apresentado no mestrado, teve como impulso a própria vivência de Maria Inês, que é negra e natural do bairro, São Roque, em Aparecida, da região periférica do município. Relatou durante a palestra que muitos dos questionamentos pessoais que a levaram a propor e desenvolver a pesquisa.
Durante sua pesquisa no mestrado, constatou que estudantes negros não se identificavam com o que era pautado em universidades.
Isso, em decorrência, além dos conteúdos, da abordagem que esses discentes negros recebiam por parte de instituições acadêmicas. “Historicamente, as universidades públicas são elitistas”, na visão da autora.
Para a autora, a necessidade de adesão da Ufes a políticas inclusivas se dava pelo fato de que é “a única universidade gratuita do Espírito Santo e inicialmente: eram estudantes brancos e da elite capixaba”, antes da adesão a essas pautas inclusivas por parte da instituição.
No entanto, para a autora, houve um compromisso com a comunidade negra, que se iniciou em 2005, com a aderência a programas do Governo Federal que visavam a expansão das universidades, o que se consolidou em 2021 com a inclusão de pautas inclusivas, pela Ufes, dentro do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), da universidade. Maria Inês é funcionária da Ufes e desenvolveu sua dissertação como aluna dessa universidade, cujo tema se tornou palestra realizada graças a organização do Instituto Baobá. Além disso, o conteúdo foi ministrado em auditório da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, Unesp.
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