O ex-prefeito e atual pré-candidato ao Executivo, Júnior Fillipo (PSD), reuniu-se com a Organização das Escolas de Samba de Guaratinguetá (Oesg) para discutir o futuro da movimentação cultural de maior impacto no município: o carnaval. A roda de conversa aconteceu na noite dia 18, na sede do Sindicato dos Químicos.
Oesg se reúne com pré-candidato(a)s
Essa reunião é uma das rodas de conversa com pré-candidato(a)s ao Executivo, de Guaratinguetá. As primeiras entrevistas aconteceram com a vereadora Dani Dias (Republicanos) e com o atual vice-prefeito, Régis Yasumura (PL), havendo uma sinalização de ambos considerada “em geral positiva” pela direção da Oesg em relação a manutenção do desenvolvimento e investimento do carnaval guaratinguetaense.
No dia 18 de julho chegou a vez de Júnior Fillipo ser escrutinado e a equipe da Outros Relatos participou da roda de entrevistas com o pré-candidato, trazendo a público a visão do político em relação ao carnaval guaratinguetense.
Além de diretores da Oesg, todas as agremiações estiveram presentes, questionando o pré-candidato. Gestão pública do carnaval, construção de sambódramo, captação de recursos para o investimento em desfiles carnavalescos, além de críticas ao atual gestor municipal e aos anteriores foram pautas discutidas.
“Sambódramo é compromisso para enganar trouxa, é uma expectativa que será frustrada”, dispara Júnior
Evitando especulações, o pré-candidato pautou no início da conversa o tema: “sambódramo”. Em sua análise, “é muito difícil assumir esse assunto”, porque relatou que entende que há outras obras que seriam “mais urgentes” para as necessidades de Guaratinguetá, como a possível “construção de um anel viário no Engenheiro Neiva”, por exemplo.
“Criar um departamento de carnaval”, sinaliza o pré-candidato
Em contraposição, Júnior relata que compreende a necessidade de se adequar o investimento no carnaval e utilizou-se de números para isso. “A secretaria de Cultura são R$ 3 milhões em recursos anuais, enquanto o carnaval são R$ 2,5 milhões. Isso significa que há quase um orçamento inteiro anual da Cultura empregado no carnaval”, ponderou.
Essa ponderação contempla a necessidade de que se crie, dentre as possibilidades levantadas pelo pré-candidato, um Departamento dentro do Executivo que fique exclusivamente responsável pela festividade cultural – porque a “Prefeitura é a grande tutora do carnaval”, opina Júnior.
Além disso, demonstrou interesse em atuar na captação de recursos externos, dentro da iniciativa privada, junto às agremiações.
“Falta diálogo com a Prefeitura”
Gabriel Barros, membro da diretoria da Mocidade Alegre, aponta sobre a necessidade de “abertura de diálogo com a Prefeitura” – algo que foi consentido por membros de outras agremiações presentes. Principalmente da necessidade de se “profissionalizar a gestão do carnaval”, conforme pontuado por Rodrigo Betti, presidente do Bonecos Cobiçados.
Júnior sinalizou que concorda com a existência dessa necessidade e foi específico com relação a alguns questionamentos sobre gestão de investimentos, conforme elencado por Andreia Colura, presidente da Beira Rio. Afirmou que enxerga “com bons olhos” a antecipação das verbas para o subsídio do desfile das escolas de samba, porque isso as permite “comprar melhor”, confirmou o pré-candidato do PSD.
Embaixada e Acadêmicos concordaram
Houve apontamentos da necessidade melhoria em prazos de compras e de editais, porque da forma como está sendo feito, estaria causando aumento de custos do carnaval como um todo.
Nesse sentido, Marcos Dania, da diretoria do Acadêmicos relatou que na época em que foi diretor da primeira vez, “há 25 anos” havia 15 mil lugares disponíveis para o público, sendo que hoje, “3300 lugares e não está muito cheio”, desabafa.
Capitão, presidente da Embaixada, sugeriu como possível solução a contratação de empresas para a estrutura da avenida com máxima antecedência.
Tiago Domingos, presidente da Oesg, também mecionou a necessidade de criar o calendário carnavalesco juntamente com a Prefeitura, para “divulgar o carnaval o ano inteiro”, aponta.
“Vai ter carnaval sim, em condições normais”
Questionado pelo repórter, da Outros Relatos, sobre a possibilidade de entraves para a realização dos desfiles das escolas, Júnior Filippo (PSD) respondeu que “vai ter carnaval”. Porém, reiterou que “em condições normais, mas não se tiver uma catástrofe como de 2009 para 2010”, quando cancelou a festividade em decorrência de enchente e deslizamentos que aconteceram no município.
A roda de conversa com a Oesg continua
Existe sinalização de entrevistas com próximos pré-candidatos, Thales Gayean (PSoL) e Fábio Selles (PT). Assim que forem fechadas, a equipe da Outros Relatos informará e trará informações exclusivas.
ERRATA (21-08-2024): A candidata, Dani Dias, é do partido, Republicanos, e não do Podemos, como informado na primeira publicação.
Importante o diálogo e assumir compromissos. Parabéns aos comprometidos com as escolas de samba e cultura.
Perfeito. O diálogo e o comprometimento são fundamentais para o desenvolvimento cultural do município!