O Vale Histórico é constituído de seis cidades: Areias, Arapeí, Bananal, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras. Portanto, continuarei neste conteúdo a explicar sobre esses maravilhosos municípios, que ficam próximos à divisa com o Rio de Janeiro.
No conteúdo anterior sobre as cidades históricas do Vale do Paraíba, comentei sobre Areias, Arapeí e Bananal. Portanto, neste darei continuidade às demais.
1 – Queluz
Fotógrafo: Halley Pacheco de Oliveira • Licença: CC-BY-SA-3.0
A 221 Km de São Paulo (Capital), Queluz é uma das nobres cidadezinhas do Vale Histórico. Todo seu entorno é bem preservado e conta com fazendas bastantes interessantes historicamente.
E, claro, a cultura local não se resume às fazendas. Algumas manifestações do patrimônio imaterial no município são a Festa da Mandioca, da Moranga e o Festival de Inverno.
Alguns dos pontos turísticos mais frequentados são:
- A Igreja Matriz de São João Batista, que foi finalizada em meados do século XIX, construída por índios e escravos. Seus componentes são taipa e madeiramento de lei;
- O Centro Histórico, de considerável preservação, onde é possível contemplar vários casarões do século XVIII e XIX;
- O Fórum, que também é um prédio histórico e aberto ao público para visitação.
2 – São José do Barreiro
Fotógrafo: Halley Pacheco de Oliveira • Licença: CC-BY-SA-3.0
Os primeiros moradores do povoado de São José do Barreiro chegaram em 1833, vindos das Minas Gerais e do litoral. Aos poucos, o local tomou corpo e ostentosos casarões se levantaram, principalmente com o progresso das lavouras de café, do meio para o final do século XIX.
E com o declínio do ciclo do café, a cidade se esvaziou, o que proporcionou a salvaguarda do patrimônio material, tornando-se uma referência de preservação no Vale Histórico.
Além do alto nível de preservação do patrimônio histórico, São José do Barreiro é uma das referências mundiais em preservação ambiental, já que a entrada do Parque Nacional da Serra da Bocaina encontra-se na cidade.
O parque envolve a Serra do Mar, que contém uma impressionante quantidade de biodiversidade, considerada insubstituível.
Para realizar o passeio no Parque são três dias de caminhada a pé – não é possível transitar de carro após a portaria. Mas há pousadas e casas de moradores dentro local disponíveis para a recepção – que precisam ser contatados com antecedência.
3 – Silveiras
Fotógrafo: Halley Pacheco de Oliveira • Licença: CC-BY-SA-3.0
Silveiras é conhecida como a capital do tropeirismo do Brasil – porque nascera dessa dessa belíssima tradição.
O povoamento deste município ocorrera no final do século XVIII, com a presença da família Silveiras, de origem tropeira.
A vinda dos Silveiras atraiu outras famílias, como Guedes, Siqueira, Ventura de Abreu, Santos, Bueno, dentre outras, que se organizaram em ranchos.
Esses ranchos, por sua vez, foram as principais estâncias que atendiam aos tropeiros que se embrenhavam pela Trilha do Ouro e o caminho da Independência no século XIX.
Por isso, Silveiras é uma cidade do Vale Histórico, onde não faltam pontos turísticos. Confira alguns deles:
- A sede da Fundação Nacional do Tropeirismo, que foi criada em 1986, com o objetivo de preservar a cultura tropeira no país;
- O Santuário de Santa Cabeça atrai anualmente dois milhões de turistas para o município. A peregrinação começou após pescadores encontrarem uma imagem da cabeça de Nossa Senhora no rio Tietê. A peça foi entregue a uma moradora de Silveiras. O relato da aparição trouxe vários devotos visitantes para o município. Com o tempo, foi necessária a construção de um templo para dar suporte ao número considerável de peregrinos;
- Bem localizada no Centro de Silveiras, encontra-se a Igreja Matriz de Nossa da Conceição, que é muito bonita e é de fácil acesso.
Gostou do artigo? Aproveite então e confira as outras três cidades do Vale Histórico neste conteúdo.